Fecho todas as portas e janelas do escritório, coloco um capuz de lã na cabeça, e foco na tela de meu computador. Mas não é porque estou à caça de alguma Big Idea pro meu copy.
É porque está mesmo um frio de rachar…
Big Idea, Big Idea tormento de copywriters mundo afora!
O colarinho do copywriter só afrouxa quando ouve o icônico mago da publicidade David Ogilvy dizer que em toda a sua vida se teve 4 ou 5 Big Idea foi muito…
Mas é claro que quando se é um Mark Ford ou Bill Bonner à frente de um conglomerado bilionário de empresas pode ser dar ao luxo de falar em Big Idea.
Quando se emprega mais de 100 copywriters profissionais que geram mais de 1000 copy mensais é um luxo mesmo falar em ter uma Big Idea.
Detalhe: apenas 5% de todos esses copy são eficazes e geram milhões de dólares mensais para o conglomerado.
Os copy descartados vão incorporar os portfólios de seus autores…
Antes da ideia da Big Idea existir já se fazia muito dinheiro na atividade de copywriter com Big Ideas sem se saber nada de Big Idea, que é um rótulo.
Ela é uma técnica de criação de copy de difícil aplicação se comparada com outras.
O que pode desanimar muitos copywriters iniciantes.
Pausa para aquecer os dedos de minhas mãos… realmente tá fazendo frio hoje…
A tal da Big Idea é difícil de ser explicada e de se entender. Porque não é nada de concreto, é uma conjectura, é etérea.
Só sente para escrever quando tiver tido a Ideia de uma nova oportunidade totalmente única que vá de encontro aos desejos de seu avatar/persona/cliente apresentando pra ele um método completamente novo.
Caraca, que bicho é esse!
Essa história de ter uma ideia fantástica que vai revolucionar e quebrar tudo e que se não tiver essa ideia você não consegue começar um copy. Senta na calçada e pode chorar copywriter…
Isso é um problema.
Porque só se vai saber realmente se se teve uma Big Idea quando ela for testada junto ao consumidor.
Antes disso ela é apenas uma Idea. Ela ainda não é Big em nenhum formato.
A sacada é sair, sim, com um monte de ideias, escrever copys e testar qual se saiu melhor.
E a partir do copy que se saiu melhor iniciar uma comunicação com o cliente.
Mas dá um dó querer ensinar um processo de empresa bilionária para pessoas que estão começando.
Pois é como querer mover o Pão de Açúcar no braço e lançá-lo no mar pra quem nunca apanhou um punhado de terra nas mãos…
Isso simplesmente não funciona.
É parada pra todo um maquinário pesado e não para simples mãos no pedaço de papel ou no teclado.
Isso trava qualquer iniciante porque vai achar que se não tiver toda essa maquinaria nem adianta se mexer.
É preciso sempre ter milhares de ideias porque não existe essa de se ter uma ideia só que é fantástica, fabulosa, revolucionária.
Mas é cavando, cavando até encontrar uma pepita de ouro que só se vai descobrir que é Big Idea depois de testar.
Enquanto isso é mais acessível atuar com Blocos de Persuasão, por pedaços:
Um Título, uma história, o produto, características, os benefícios, os resultados, o preço, o preço âncora, garantia etc., etc.
Exatamente como Jon Benson ensinou:
1. Uma chamada de atenção com uma quebra de padrão. Ex: alguém tá lendo um livro no banco de uma praça e você estoura uma bombinha debaixo do banco… Chamou ou não chamou a atenção?
2. Conectar, relacionar-se com sua audiência
3. Descrever o grande problema e como você o entende
4. Apresentar a Grande Solução
5. Fazer a grande Oferta
Isso se consegue fazer com mais facilidade, não é mesmo copywriter!